sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Alma Perdida


Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Alguém com coração partido
Que sua alma sem suplicio,
Se refugia nos teus gritos.

Ai de mim se teus gritos não ouvir ,
Ficarei à deriva, sem paz,
Pois os teus gritos e gemidos não vou esquecer jamais.

     (Texto produzido a partir do poema alma perdida de Florbela Espanca)

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